2023: Um ano que tem que dar certo!

Por: Fábio Iwakura

Mais um ano se inicia, e com ele, um misto de esperança e medo. Isso porque começa também um novo governo, com um viés político, filosófico e econômico oposto ao que tivemos nos últimos quatro anos.

Metade da nossa população está esperançosa e otimista com o novo governo. A outra metade, pessimista e amedrontada. É claro que a preferência política contamina esses sentimentos. Quem votou no vitorioso, está feliz. Quem optou pelo vencido, desapontado.

Mas este artigo não tem a intenção de discutir política ou o cenário econômico que está por vir. Mesmo porque eu sou administrador, e não economista ou cientista político. O meu intento aqui é discorrer sobre a importância de sermos (todos) otimistas neste momento, e acreditarmos que este será um ano promissor. Nada de utopia, miopia ou negacionismo. Mas acreditar e trabalhar para dar certo.

A crença e seus resultados

O otimismo (ou o pessimismo) afeta o humor e o comportamento de todo o mercado, influenciando os resultados de empresas, organizações, profissionais e a população em geral.

Se o mercado se mostra pessimista, o comportamento tende a ser muito conservador. Com medo, as pessoas diminuem o seu consumo, compram o básico, priorizam o mais barato e guardam dinheiro aguardando o pior. E isso é muito compreensível. Se você teme pelo seu futuro, você passa a fazer uma reserva financeira para momentos difíceis que provavelmente virão. Afinal, a crença é de que o seu emprego ou o seu negócio pode estar em risco em decorrência da queda do consumo e do sumiço do dinheiro dos consumidores. Esse movimento gera uma cadeia que afeta todos os agentes do mercado – trabalhadores, vendedores, fabricantes, prestadores de serviço (e cirurgiões-dentistas também).

Para você compreender: se os consumidores se mostram pessimistas quanto ao futuro, a tendência é reduzir o consumo. Diminuindo o consumo, o comércio vende menos. Se o comércio sofre com a queda nas vendas, o estoque encalha e consequentemente passa a comprar menos das indústrias. Com a queda da demanda, essas indústrias reduzem à sua produção, aumentam a ociosidade e passam a demitir seus funcionários. O desemprego diminui ainda mais a renda familiar e as pessoas são obrigadas a consumir menos. O resultado disso você já sabe: um ciclo vicioso.

Por outro lado, quando as pessoas se sentem otimistas e confiantes – com a política e a economia nacional – elas tendem a consumir mais, sejam em bens duráveis, não-duráveis e serviços (inclusive serviços de saúde, como a odontologia). Isso porque há a crença de que esse trabalhador manterá o seu emprego ou conseguirá uma ocupação melhor e com uma melhor remuneração. Acreditar na prosperidade encoraja as pessoas à investirem – seja em seu patrimônio, em viagens, em sua saúde, em sua educação. Em um cenário próspero, todos ganham, todos crescem.

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Acreditar e realizar

Compreende porque eu defendo a idéia de que devemos acreditar em um ano de prosperidade? É claro que não podemos ser irresponsáveis ou “fora da realidade”. Mas eu sinceramente acredito que pensamento próspero gera situações prósperas. E o inverso é verdadeiro.

Vamos recapitular: se os seus pacientes estão desacreditados, eles vão parar de frequentar a sua clínica, ou vão buscar por procedimentos mais urgentes ou por tratamentos (e dentistas) mais baratos. Certamente isso você não quer. O que eu recomendo? Seja otimista, vislumbre um horizonte próspero, trabalhe duro em seu negócio, invista na sua clínica (estrutura, equipamentos, funcionários, marketing, gestão), contamine positivamente os seus pacientes. E se a realidade ao longo do ano apontar para o outro lado? Continue seguindo o meu conselho! Ninguém prospera acreditando no pior.

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